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No Irão, afegãos temem expulsões: “A minha vida estaria em perigo lá”

No Irão, afegãos temem expulsões: “A minha vida estaria em perigo lá”

Com planos de construir uma barreira ao longo da fronteira com o Afeganistão, aumento da repressão policial e demonização dos imigrantes, Teerã está fazendo de tudo para enviar mais de 2 milhões de refugiados afegãos de volta ao seu país de origem. Muitos fugiram do regime talibã há quase quatro anos e dizem temer por suas vidas, relata o Financial Times.

Migrantes afegãos, que viviam como refugiados no Irã, fazem fila em um centro do ACNUR em Islam Qala, Afeganistão, após serem deportados em 27 de abril de 2025. FOTO MOHSEN KARIMI/AFP

Há meses, Mohammed, de 41 anos, vive enclausurado no jardim particular onde trabalha, nos arredores de Teerã. Afegão e imigrante sem documentos, ele tem tanto medo de ser preso e depois deportado pela polícia iraniana que nem ousa ir ao cabeleireiro.

"Minha esposa faz todas as compras. Meus dois filhos ficam ansiosos quando vão para a escola", lamenta o pai de quatro filhos, que não quis revelar seu nome completo.

"Não posso viver no Afeganistão sob o Talibã", lamenta Mohammed, que não tem conta bancária e é forçado a morar em um prédio no jardim onde trabalha. "Minha vida estaria em perigo. Sem mencionar que não há trabalho, nem perspectivas, e eu teria que cuidar da minha família."

Mohammed é um dos 2 milhões de afegãos que cruzaram a fronteira desde que o Talibã tomou o poder em 2021, segundo uma contagem das autoridades iranianas. Esse número se soma ao de outros migrantes que chegaram ao Irã nas últimas décadas.

Teerã anunciou sua intenção de expulsá-los. À medida que o país atravessa uma grave crise econômica e seus líderes enfrentam uma opinião pública cada vez mais hostil,

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Courrier International

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